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Mensagens

Sobre mim

Cenas aleatórias que eu me obriguei a desvalorizar, desde pequena, ao longo do meu crescimento... O descanso - porque tenho insónias desde os 4 anos e só me lembro da vida assim; A alimentação saudável - porque não 'sabia tão bem' quanto as guloseimas e a junk food; O desporto - porque quando comecei a engordar, ele se foi tornando cada vez mais difícil de praticar; Os conselhos da minha mãe - porque vinham carregados de mais reprovação e normalmente eram muito severos; As minhas necessidades e carências emocionais - porque muitos à minha volta, também as negligenciavam... E muitas outras coisas... Em suma... O meu eu!... Ontem perguntaram-me pela minha transição de adolescente para adulta... Não, não foi aos 18. E não se concluiu magicamente aos 21... Sei o exato momento em que me propus a pôr a adolescente que ainda há em mim, para trás... Tinha 25 anos. E estava prestes a ser mãe. Hoje, tenho 38 e ainda luto, já com um filho adolescente em casa, para me libertar
Mensagens recentes

Aceita-te!

 Aceita-te! Não permitas que o teu desalinho, que a tua errância, que o teu não saber para onde vais seja, na mão dos outros, uma arma de arremesso contra ti. Acaso sabem os outros, para onde vão? Sim, é verdade que alguns de nós têm mentes mais blindadas, ideias mais definidas sobre o que querem… e é verdade que o universo absorve as tuas vibrações e que há uma forte possibilidade de que aquilo que anseias, ser aquilo que dele recolhes. Mas há muitas variantes que tu, sozinho/a não controlas. Que tu, sozinhe, não controlas. Cada vez mais existem variantes que fogem ao teu domínio sobre ti mesmo. Sobre ti mesma. Sobre ti mesme. E como o exemplo aqui praticado, uma simples letra muda todo o sentido de uma palavra, de uma frase. Se gramaticalmente e a nível de expressão verbal vamos adquirir este ‘e’ no final dos adjetivos, para expressarmos a nossa ideia de inclusão pode ser uma não-questão. A verdadeira questão é, parece-me, que, se falarmos de todas as mulheres, não estamos a falar de

Perfeitamente Imperfeita - Parte I (Enquadramento)

Nunca nada foi tão claro para mim. E o momento não se repetirá no tempo. Esta é a minha busca. Esta é a minha missão no mundo. Farto-me de falar do Passado, do meu Passado, porque sempre senti que era lá que estava a chave para compreender o que fazer com o meu Presente. Porque o coração sempre soube que era lá que nascia o meu Futuro. É isto que quero fazer. Sem dúvida alguma. Ajudar os outros. O outro. A encontrar-se. (Ana Thomaz de Oliveira) Muitos são os que me rodeiam que já não suportam ouvir-me falar de quando aconteceu isto ou aquilo na minha vida, mostrando sempre que queria voltar atrás no tempo. Hoje, sentimos saudades porque o Covid-19 nos obrigou a um distanciamento social. Eu não sinto muito mais saudades das minhas pessoas do que já sentia antes. E não estive mais com elas do que habitualmente. Mas estive da mesma forma: à distância. A proximidade é algo que, hoje em dia, sinto de muito poucas pessoas, para além do meu filho. A proximidade inequívoca. E essas são

A conquista do eu

Estamos sempre a tempo de mudar.  * Parece que quando nos dizem isto, estão a desvalorizar as dificuldades que ainda vamos encontrar no nosso caminho. E, na verdade, estão as desvalorizar as dificuldades, sim! Estão a colocar o foco nos esforços que nós vamos realizar. E, ao mesmo tempo, de uma maneira subtil, estão connosco, como uma base de sustentação. Estão a olhar para os resultados de uma forma mais concreta do que nós, estão a reconhecer que há o objectivo de mudar. Então, se é bom, porque não é fácil? Não é tudo o que é mais fácil, melhor? Não, nem sempre. Se percebermos que há um propósito no sofrimento e que este é a aprendizagem de estratégias de superação, de auto-regulação, então já fará mais sentido a adversidade. E como me disse Rita Loureiro Graça, porque não abraçarmos a nossa sombra? Aceitarmos que ela tem de ser proporcional à nossa luz! Faz-vos sentido? Se nos treinarmos a pensar e a sentir que se vem o mau, o bem que virá em seguida terá de ser proporciona

A importância de uma família

A primeira razão que me faz pensar que uma família é importante é que, sem ela, sem um progenitor e uma progenitora não viríamos ao mundo... Sem alguém que nos acolhesse, nos nutrisse e nos cuidasse, não sobreviveríamos. E, se ninguém nos educasse, não conseguiríamos inserir-nos na sociedade, de forma a termos espaço nela. E isto é importante? - perguntarão alguns dentre vós. Eu penso que sim. A família é tida como o primeiro dos portos de abrigo. Na fase em que nos apresentamos mais vulneráveis ao mundo, quando nascemos, é ela que nos acompanha a par e passo. E daí por diante, a família passa a ser lugar de afectos, emoções, descobertas, solidão, companhia, angústias, tristezas, preocupações e alegrias. A família estende os seus braços aos vizinhos, amigos, às pessoas com quem trabalhamos ou estudamos todos os dias. Porque família, mais do que um laço de sangue é um laço que envolve presença, comprometimento, interdependência. Pode um pai não ser da família de um filho (apenas p

A Amizade, o que é?

Longe de ensinar algo sobre a Amizade ou como ser amigo de alguém, fez-me muito sentido conversar convosco sobre este tema, no seguimento do anterior. Pessoa fala-nos de 'pessoas incomparáveis'. Eu diria que um verdadeiro amigo é, para nós, alguém 'incomparável e insubstituível'. Eu não serei o melhor dos exemplos de amizade. Mas sei o sentimento bonito que as minhas amizades provocam em mim. E sei que tenho os melhores amigos do mundo. Poucos, mas bons. O meu pequeno exército. Para todos os momentos, bons e maus. Já o provaram sobejas vezes ao longo do tempo. E é preciso ser paciente, para se ser amigo. Porque a Amizade, tal como a vida, testa os nossos limites: bate-se com o nosso egoísmo, mexe com o nosso ego, retira-nos inúmeras vezes da nossa zona de conforto. E, no entanto, reconhecemos um amigo como um companheiro, um porto de abrigo, um colo desejado e apreciado... É uma sorte, fazermos um amigo. E se o mantivermos por um tempo longo (para a vida), que tre

É complicado falar de Amor...

Nos dias que correm, é complicado falar de Amor...e, no entanto, é, talvez, o tema mais falado de todos os tempos!... Vivemos numa época em que o Amor é controverso, porque obedece a cada vez mais regras e submete-se a cada vez mais escrutínios, mas a verdade é que o Amor em si, continua a ser igual: permanece um sentimento nobre, apreciado e valorizado como tal por uma grande maioria... A novidade reside, talvez, na forma como lidamos com o amor romântico: este já não é uma prisão, mas algo libertador; não tem de ser já eterno, embora possa ser para a vida toda (cada vez o é menos, mas ainda assim, há quem tenha relações amorosas que duram uma vida inteira)... Depois temos o assumir de amores que anteriormente viviam amarrados em tabus: sim, falo de coisas como a homossexualidade, o amor-próprio, o poliamor... A sociedade estaria preparada, estará preparada para se desamarrar destes preconceitos? Primeiro, é preciso percebermos que a questão do preconceito, no final, não benefic